Neste mês de março, o CAPS de Itapetinga comemora 20 anos de instalação e de implantação de um novo olhar sobre a doença mental em nossa região. Localizado na Vila Riachão, o CAPS oferece atendimento psicológico, psiquiátrico, psicossocial, farmacêutico, de enfermagem, além de visitas domiciliares, grupos terapêuticos, alimentação e muito cuidado com seus usuários.
Segundo Jádira Gomes, coordenadora da Saúde Mental do município, “até a década de 90, o doente mental era acolhido por uma equipe mínima e encaminhado aos hospitais psiquiátricos das cidades vizinhas onde ficavam isolados da vida aqui fora. Em março de 2001, essa realidade foi mudada. Itapetinga foi contemplada com o primeiro CAPS do interior da Bahia”, contou.
A partir de então, uma nova consciência sobre a doença começou a ser construída. Reduziram-se as internações, a família foi melhor orientada e o doente mental passou a ter um tratamento mais amplo, um cuidado mais humanizado, focado no indivíduo e não na patologia que ele apresentada.
“Durante esses 20 anos, a gente viu uma mudança gradativa e muito interessante no nosso município. O internamento do usuário caiu quase a 0. Isso é uma forma de a gente perceber que, de fato, o serviço tem cumprido com seu papel que é o de inserção social. CAPS cheio não é sinônimo de reinserção social”, explicou a psicóloga Bethânia Gama.
Hoje, o município possui uma Rede de Saúde Mental consolidada com CAPS II, CAPS/AD, Residência Terapêutica e Ambulatório de Saúde Mental. A transição de CAPS II para CAPS III já é uma realidade em nosso município aprovada pelo Ministério da Saúde – Itapetinga é a única cidade do interior da Bahia com população inferior a 200 mil habitantes que foi contemplada com esse Equipamento.
“O nosso lema é que se rompam os muros do preconceito, que o doente mental seja visto como um ser humano na sua integridade”, finalizou Jádira Comes.