A equipe de vigilância epidemiológica de Itapetinga tem atuado, entre outras coisas, no combate ao caramujo-africano-gigante. Nativo da África, o caramujo foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, com o objetivo de substituir o escargot.
Sem predadores naturais e com sua alta capacidade reprodutiva – ele pode realizar até cinco posturas por ano com 50 a 400 ovos cada uma – o bicho virou uma praga, principalmente no período de clima quente e úmido como o que estamos vivendo, e tem preocupado a população.
Buscando proteger os itapetinguenses, os Agentes de Endemias têm visitado algumas residências em ação para reduzir ou eliminar o animal.
Segundo o Coordenador de Combate a Endemias, Márcio Ribeiro, o caramujo-africano-gigante é responsável, principalmente, por duas doenças: a angiostrongilose abdominal, que provoca perfuração intestinal, e a meningoencefálica que pode ser fatal. “Tanto uma quanto outra ocorrem seja pelo manuseio dos caramujos ou pela ingestão destes animais sem prévio cozimento, ou de alimentos contaminados por seu muco, como hortaliças e verduras”, explicou Márcio. A Secretaria de Saúde do município instrui a captação do molusco para o controle. A orientação é a utilização de luvas. Deve-se coloca-los em dois sacos plásticos e quebrar as suas conchas antes de eliminá-los. Em seguida, recomenda-se aplicar cal virgem sobre os caramujos quebrados e enterrá-los longe de cisternas e poços artesianos.