O Brasil está entre os países com alto risco de volta da poliomielite, segundo informações divulgadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no final de 2021. De acordo com a Opas, a baixa taxa de vacinação nesses locais representa um perigo para todo o continente, que não registra um único caso da doença há cerca de 30 anos. O último caso de poliomielite no país foi observado na cidade de Sousa, na Paraíba, em 1989. A doença é considerada oficialmente eliminada do território nacional há 27 anos, desde 1994. No entanto, a redução do percentual de vacinados contra a doença vem causando preocupação entre as organizações de saúde.

Em Itapetinga, no ano de 2021 a cobertura vacinal da poliomielite foi em torno de 55,36%, muito abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde que é de 95% do público alvo. Esse indicador está dentro da média nacional, que também não tem atingido a meta pactuada pelo ministério da saúde.

“A gente tem observado uma queda considerável na procura pelas vacinas de rotina, talvez pela segurança que vivemos nos últimos anos pela erradicação da doença. Essa segurança, no entanto, só foi possível justamente pela vacinação em massa. A vacina contra a poliomielite segue indicada para todas as crianças brasileiras num esquema de cinco doses e nossos postos têm imunizantes disponíveis constantemente”, afirmou o secretário de saúde Hugo Sousa.