Calor, umidade e muita chuva compõem o ambiente propício para a aparição de Caramujos Africanos e exige atenção especial da vigilância epidemiológica. O molusco terrestre tropical, originário do continente africano, chegou ao Brasil como alternativa para o comércio de escargot. Como a espécie não teve aceitação no mercado alimentício, foi descartada de forma inadequada no ambiente.
O caramujo africano, que possui altas taxas de reprodutividade, é responsável pela transmissão de duas doenças: a angiostrongilíase meningoencefálica humana e a angiostrongilíase abdominal. Com sintomas de dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca, distúrbios do sistema nervoso, dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito. A contaminação pode ocorrer por meio do consumo direto do caramujo, do consumo de vegetais, frutas e hortaliças contaminados ou pela manipulação inadequada dos caramujos vivos.
“É necessário que as verduras, frutas e legumes sejam higienizados, lavando-os em água corrente e deixando de molho por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 1% (uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água filtrada)”, explica Márcio Ribeiro, coordenador de endemias.
O coordenador dá ainda mais algumas dicas para que a população auxilie no controle dos caramujos:
– Faça coleta com as mãos bem protegidas com luvas ou sacos plásticos;
– Coloque o molusco em um balde contendo uma das misturas a seguir: – 1litro de água sanitária para 3 litros de água ou; – 1 quilo de cal ou sal grosso juntamente com 6 litros de água.
– Deixe os caramujos imersos por um período de 24h para garantir sua morte;
– Quebre as conchas para evitar criadouro do mosquito da dengue Aedes aegypti;
– Descarte no lixo comum.