A prefeitura de Itapetinga está iniciando a implantação do Projeto Família Acolhedora. Através dele, crianças e adolescentes que, por alguma medida, precisam ser afastadas das famílias biológicas, terão a oportunidade de viverem temporiamente em outros lares, convivendo com famílias que se dispuseram a acolhe-las temporariamente, até que ela possa voltar para o seu ambiente de origem.

Cinco famílias já se dispuseram a ser Acolhedoras. Elas passaram por capacitações com psicólogos e assistentes sociais para entenderem a função de cada um nesse processo de acolhimento temporário. Entre as questões destacadas está a do desapego, uma vez que esses meninos e meninas não serão adotados oficialmente pelas famílias acolhedoras, mas passarão apenas uma temporada com elas, enquanto problemas são resolvidos e os vínculos são reestabelecidos entre sua família biológica.

“Nós entendemos que não éramos nem ponto de partida nem de chegada, mas uma ponte que facilitaria o caminho dessas crianças e desses adolescentes ao atravessarem um período difícil em seus lares”, contou Marta Verônica, uma das mães que se dispuseram a acolher.

“O município de Itapetinga tem se destacado por iniciativas que visam o cuidado e a proteção de crianças e adolescentes. Uma das mais novas foi justamente o Família Acolhedora, que propõe oferecer a essas crianças um lar onde elas poderão participar de momentos de rotinas familiares, ser inserida em atividades sociais, visando assim um melhor acompanhamento e também pensando em um desenvolvimento psicológico, neurológico e social para que essa criança esteja inserida em sociedade”, explicou a assistente social, Taís Novais.

De acordo com o secretário de desenvolvimento social, Washington Maciel, a grande inovação desse projeto está a não mais enviar essas crianças para uma instituição, mas oferecer a elas um lar, com todos os vínculos e relações afetivas que merecem ter.