Após o anúncio da segunda morte pelo coronavírus, feito pelo prefeito Rodrigo Hagge, o secretário de Saúde Hugo Sousa, assumiu a coletiva e respondeu ao questionamento dos 16 representantes de veículos de imprensa do município e região.
A maior parte dos questionamentos circularam em torno das barreiras sanitárias montadas pela prefeitura nas áreas de acesso ao município. Hugo Sousa explicou que iniciamos com barreiras educativas e, em seguida, após a aquisição do material necessário e da contratação de equipe especializada, as barreiras tornaram-se sanitárias, com aferição de temperatura, registro da origem de cada chegante e monitoramento de casos sintomáticos.
O secretário explicou que, por não ter como manter escolta policial e garantir a segurança da equipe de saúde, as barreiras não podem se estender pela noite e madrugada. Mas que estudarão novas formas de manter essas restrições de acesso ao município.
Sobre as verbas:
Questionado sobre destinação das verbas, o secretário explicou que a prefeitura recebeu cerca de 1,3 milhão de reais, exclusivamente para o combate do coronavírus. O valor será destinado para contratação de empresas e prestadores de serviço, além da compra de materiais como EPI e medicamentos. A verba ainda não pode ser utilizada porque depende de dotação específica, que já foi feita por decreto, e autorização de uso da Câmara Municipal.
Sobre estrutura:
O grupo questionou ainda sobre a estrutura que Itapetinga estava preparando para a possibilidade de um surto de Covid. Hugo explicou que a prefeitura está estruturando a Unidade de Saúde Arnaldo Teixeira, no residencial 12 de Dezembro. Ao todo, a Unidade terá 20 leitos para tratamento de pacientes de média e baixa complexidade. 10 desses leitos já estão com todo equipamento comprado. As obras de adaptação começaram nesta sexta e toda a tubulação de oxigênio será instalada para atender os itapetinguenses.
Sobre reabertura do comércio:
O secretário de saúde avaliou como acertada a reabertura do comércio. Após 15 dias de funcionamento, Itapetinga pode manter a economia girando sem aglomerações, sem tumulto e com respeito às medidas restritivas. Hugo destacou que os nossos casos de contágio ainda podem ser considerados importados e que, nesta semana, chegamos a zerar o número de suspeitos.
Sobre a aquisição de testes rápidos:
Para o secretário, a aquisição desse tipo de teste ainda não é interessante para o município. Além de um custo muito elevado, os testes não representam a mesma eficiência dos testes “padrão ouro” que o Lacen oferece. Os testes rápidos só começam a detectar a presença do vírus após o 5º dia de contágio e só são realmente eficientes após 14 dias. Isso poderia atestar falsos negativos, que levariam pessoas contaminadas às ruas, seguras de não terem o vírus.