Parque da Matinha realiza primeira reintrodução de animais em habitat natural

Nesta sexta-feira, 12, a Matinha concluiu um importante ciclo no trabalho de conservação ambiental. Quarenta jabutis nascidos no parque foram reintroduzidos na natureza. A equipe técnica foi até a Floresta Nacional de Contendas do Sincorá, uma unidade de conservação federal localizada no bioma da caatinga, para levar esses animais para o seu habitat.

De acordo com o secretário Fábio Viana, os animais estavam há dois anos sendo preparados para soltura. Eles eram mantidos em recintos sem visitação para evitar qualquer característica de domesticação e passaram por exames e avaliações de saúde. Além disso, foram submetidos a análises comportamentais para verificar as condições de enfrentarem a vida livre.

“O jabuti é o quinto animal silvestre mais vendido no país e, infelizmente, um dos mais traficados. Ser retirado da natureza para ser explorado como animal de estimação acaba suprimindo os comportamentos e instintos naturais do jabuti. Por mais cuidadoso que o tutor seja, ele nunca conseguirá oferecer todas as condições necessárias para que um animal silvestre se desenvolva plenamente”, explicou Fábio Viana ao reforçar a função da Matinha como agente de conservação e preservação ambiental e lembrar que todos os animais do parque vieram de cativeiro, sem condições de sobreviverem em seus habitats naturais.

A soltura faz parte do projeto “Translocação de Chelonoidis spp.:  Da Avaliação Sanitária ao monitoramento pós soltura”, coordenado pela Universidade Federal da Bahia em parceria com o Parque Municipal da Matinha e aprovado pelo ICMBIO.

Agora, os 40 jabutis passarão por um período de aclimatação em cativeiro para, em seguida, ser feita a soltura branda na área livre. Depois disso, visitas mensais farão o monitoramento e a avaliação da adaptação das espécimes.

“Ao acompanhar a soltura a gente se sente orgulhosos do resgate que fizemos do nosso parque e, principalmente, do trabalho que de desenvolvemos para transformá-lo em uma ferramenta tão potente de pesquisa, conservação e educação ambiental”, disse o prefeito Rodrigo Hagge.

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