A imprensa regional divulgou, nesta semana, a matéria sobre a mãe de três filhos com autismo severo. Ela requer que o município financie um tratamento específico para as crianças. A secretaria de Saúde vem, então, a público, esclarecer o caso.
A paciente Nayara Alves Matos recebeu muito cedo o diagnóstico de autismo dos seus trigêmeos. Assim que foi detectado o transtorno, eles foram cadastrados no CER II – Centro Especializado em Reabilitação – do município. Por abandono do tratamento (as crianças não eram levadas à Apae, onde deveriam receber os cuidados específicos), eles foram descadastrados.
A mãe, então, procurou um outro neuropediatra que indicou o Método ABA, método específico de tratamento do autismo, com atendimento de 30 horas semanais, não oferecido pelo SUS.
Ao analisar o caso, a promotoria entendeu que o tratamento do SUS se sobrepõe ao tratamento especializado e que não havia justificativa para a exigência da especialidade. O CER II de Itapetinga funciona desde 2012 e é referência macrorregional, capacitado para realizar a reabilitação necessária.
Atualmente as crianças estão em uma fila de espera para serem novamente cadastradas e atendidos pela APAE e são assistidos, através da policlínica municipal, por fonoaudiólogos e psicólogos, assim como os pais são usuários do CAPS II do município.
A prefeitura de Itapetinga não deixou de dar a assistência devida e necessária aos pacientes de forma humanizada e responsável.