Durante todo o mês de janeiro, buscando informar e conscientizar a população sobre a hanseníase, a secretaria de saúde realizou palestras educativas nos postos. A enfermeira do Programa de Controle de Hanseníase e Tuberculose, Luma Eloy, esteve nas unidades de saúde das Casas Populares, do Clodoaldo Costa, do Américo Nogueira e da Vila Rosa para levar informação e quebrar tabus sobre a doença. Além de explicar como detectar os sintomas, a enfermeira falou sobre o tratamento gratuito oferecido pelo SUS e os locais de acompanhamento no município.
A hanseníase é o foco da Campanha Janeiro Roxo, doença crônica e transmissível que atinge os nervos e a pele. Além de conscientizar sobre formas de transmissão, combate e tratamento, a campanha faz parte, também, da luta contra o preconceito.
Vulgarmente conhecida como lepra, a hanseníase sempre carregou muitos estigmas que podem ter surgido pelo caráter crônico da doença, a deformidade física causada por ela e o fato de até pouco tempo ter sido considerada incurável.
“O preconceito, muitas vezes, é a causa do diagnóstico tardio. Com vergonha ou medo de descobrir a causa dos sintomas, o paciente adia sua ida ao médico, o que dificulta o tratamento”, explicou Fabrine Sodré, diretora de vigilância à saúde.
Itapetinga oferece o serviço de avaliação e tratamento da Hanseníase na Fundação Juvino Oliveira, instalada na Loja Maçônica. A unidade conta com enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem capacitados para atender a todos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.
Desde 2017, todos os casos tratados no município foram curados. Atualmente, a secretaria de saúde acompanha 13 casos ativos, todos controlados e com bom prognóstico.
Previna-se. A hanseníase tem cura.