Saúde, educação, desenvolvimento social e segurança pública reuniram-se, na tarde desta quarta-feira, 12, para debater formas de garantir os direitos e a proteção de crianças e adolescentes. Em um evento de iniciativa do Ministério Público, os representantes da rede pública estudaram maneiras de manter uma escuta protetiva e especializada nos setores onde podem se concentrar as vítimas de violência. “Elas estão nas escolas, nas casas onde entram os agentes comunitários, nos Cras e nos Creas e elas precisam ser ouvidas de maneira especializada para garantir a proteção efetiva”, explicou o promotor de Justiça Millen Castro.
Trazendo a experiência implementada com sucesso em Vitória da Conquista, a advogada e entrevistadora forense, Polímnia Cassimiro falou sobre os tipos de violência, a importância da integração dos setores e os benefícios da escuta para evitar a revitalização e diminuir os danos causados pelos mais diferentes tipos de agressão, tudo baseado na lei 13.341/2017, que trouxe artigos que regulamentam a forma pela qual as crianças e adolescentes em situação de violência devem ser ouvidos.
A escuta especializada e o depoimento especial são capazes, também, de diminuir a necessidade das vítimas repetirem várias vezes os casos de violência sofridos.
“É nas escolas que a maior parte das crianças e adolescentes está. Será lá, também, onde serão encontradas muitas vítimas de violência. Por isso, a comunidade escolar precisa estar preparada, com conhecimento técnico específico, para acolhe-las e ouvi-las de maneira a amenizar os danos e evitar que novos episódios aconteçam. Proteger, encaminhar para órgãos responsáveis e buscar maneiras de romper com o ciclo de violência são alguns dos nossos objetivos aqui hoje e será uma das nossas metas, diariamente, dentro das nossas escolas municipais”, explicou o secretário Fábio Viana.