Nesta quinta, 12, enquanto visitava a Feira de Saúde Municipal e cumprimentava a população que aguardava para ser atendida, o prefeito Rodrigo Hagge foi surpreendido por uma manifestação da APLB Sindicato. Na praça Dairy Valley, onde acontecia a feira, os manifestantes se reuniram em busca de um acordo para reajuste salarial.
Ciente da legitimidade da manifestação, o prefeito, então, foi para a frente do grupo ouvir as reivindicações. Em seguida, pediu a palavra e disse estar, como sempre esteve, disposto ao diálogo, mas discordava de quem questionava os avanços que a cidade havia conquistado na educação. Rodrigo Hagge lembrou que antes os professores trabalhavam em péssimas condições, que não tinham mestrado, não tinham material didático adequado e ensinavam em escolas com risco eminente de desabamento e que agora a situação havia mudado.
Na praça mesmo, uma reunião foi agendada para as 15h do mesmo dia. Ao sentar com o grupo de representantes dos professores, o prefeito e o secretário de educação, Geraldo Trindade, expuseram as dificuldades financeiras pela qual o município vem passando, a insuficiência do FUNDEB e explicaram que, tecnicamente, não era possível oferecer nenhum tipo de reajuste antes de maio.
Professores e prefeitura fizeram novas propostas de parcelamento do reajuste já oferecido. Como se mantém aberta ao diálogo, a prefeitura prometeu analisar o impacto econômico que pode ser causado pela nova proposta e afirmou responder à categoria na próxima semana.
“A gente entende a reivindicação dos professores, mas a gente não vai tomar nenhuma atitude irresponsável. Não vamos oferecer um aumento que, posteriormente, acarrete atraso de salários e não cumprimento dos nossos acordos. Nossa equipe contábil e jurídica vai analisar todos os impactos causados pela folha e pelos encargos e vamos voltar a dialogar com eles na tentativa de encontrar a melhor proposta para todos”, afirmou o prefeito Rodrigo Hagge
A prefeitura anunciou no início do ano, um reajuste salarial de 12,87% aos professores, parcelado de maio à setembro, mas o professores não aceitaram a proposta de parcelamento.