A prefeitura de Itapetinga e o Conselho Municipal de Saúde realizaram, na manhã desta segunda-feira, 11, a Conferência Livre de Saúde Mental. Com o tema “A Politica de Saúde Mental como Direito”, a conferência buscou envolver a todos na busca por novos caminhos e na criação de melhores alternativas para enfrentar os desafios de, principalmente, humanizar o atendimento em saúde mental.
Para abrir os debates, o coordenador farmacêutico, Danylo Patês, ali representando o secretário de saúde, falou sobre os avanços conquistados no setor, que levaram o município a tornar-se referência regional em saúde mental. Patês citou a instalação do CAPS II, primeiro do interior da Bahia, e, mais recentemente, a conquista do CAPS III, também pioneiro no estado. Tudo isso, segundo o farmacêutico, é resultado de um trabalho coerente, responsável e muito competente da equipe que vem, ao longo de anos, assumindo uma postura humanizada no trato do doente mental.
E a humanização do tratamento também foi o tema debatido pelo conferencista, o médico psiquiatra, Ivan Gilson. Ao fazer um resumo da história do tratamento psiquiátrico, Ivan mostrou que, inicialmente, a psiquiatria e o manicômio eram vistos como solução social pouco estudada cientificamente. Os manicômios eram lugares para retirar os pacientes do convívio social. Só depois, foram estudadas formas de devolver o paciente à sociedade.
De acordo com a coordenadora de saúde mental do município, todo o trabalho feito pelo poder público, atualmente, tem o objetivo de ressocialização e, principalmente, de devolver aos pacientes a sua dignidade humana. “O cuidado com as pessoas é a nossa marca. Por isso falamos em famílias quando citamos a equipe da saúde mental de Itapetinga”, afirmou, Jadira Gomes.
A Conferência Livre contou, ainda, com a apresentação do coral do CAPS III, da formação de grupos de trabalho, apresentação de propostas e escolha dos delegados que irão representar o município nas conferências estadual e nacional.